quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Budstikken - The Message

Do novo álbum do Burzum, Fallen, uma mensagem a ser espalhada:




The Message

Let the arrow travel from god to god, 
all over the wide world. 
Let the arrow be sent from house to house, 
to our entire spirit kin. 

To every child of divine kin. 
To every spirit man. 
Axetime is here, and arrowtime. 
Speartime is here, and swordtime. 

Pick up your mail, and helmet. 
Pick up your shield, and sax (sword). 

The gods of the past rise, 
from the memory of the divine blood. 
Undefiled. Unpolluted. 
The red gold of the spirit garden. They are still here! 

Hear the horn of sound calling, 
to every spirit man. 
Hear the wind howling; 
spirits from the land of the past. 

Good spirits from the deep of the mind, 
never reached by the desert god, 
from the old source of the forefatherland, 
from the old well of esteem. 

Beautiful choosers of the fallen. Forwards for king and forefatherland. 
True lone warriors. Gather to fight in the spirit land. 
The entire king's guard. Forwards for our blood and all our soil. 
Army forwards! Army march! 

Let the arrow travel from god to god, 
all over the wide world. 
Let the arrow be sent from house to house, 
to our entire beautiful kin. 

The gods of the past rise, 
from the memory of the divine blood. 
Undefiled. Unpolluted. 
The red gold of the spirit garden. We are still here! 

Good spirits from the deep of the mind, 
never reached by the desert god, 
from the old source of the forefatherland, 
from the old well of esteem. 

Slay the cowardly enemy crowd; 
the hungry and chanting rabble, 
sorceresses and breakers of oaths. 
Let their blood fertilize our soil.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Peixe Preso Dentro do Vento

Estava assistindo "Ponto de Mutação" - por recomendação do meu amigo Lodgard - e, no filme, um dos personagens cita um poema de Pablo Neruda que vale a pena compartilhar:



Peixe Preso Dentro do Vento

Tu perguntas
o que uma lagosta tece lá embaixo com seus pés dourados?
Respondo que o oceano sabe.
E por quem a medusa espera em sua veste transparente?
Está esperando pelo tempo, como tu.
'Quem as algas apertam em seu abraço...', perguntas
'mais firme que uma hora e um mar certos?' Eu sei.
Perguntas sobre a presa branca do narval
e eu respondo contando como o unicórnio do mar,
arpado, morre.
Perguntas sobre as plumas do rei-pescador
que vibram nas puras primaveras dos mares do sul.
Quero te contar que o oceano sabe isto:
que a vida, em seus estojos de jóias,
é infinita como a areia incontável, pura;
e o tempo, entre uvas cor de sangue
tornou a pedra dura e lisa encheu a água-viva de luz,
desfez o seu nó, soltou seus fios musicais
de uma cornicópia feita de infinita madrepérola.
Sou só a rede vazia diante dos olhos humanos na escuridão
e de dedos habituados à longitude
do tímido globo de uma laranja.
Caminho como tu, investigando a estrela sem fim
e em minha rede, durante a noite, acordo nu.
A única coisa capturada é um peixe preso dentro do vento.

Pablo Neruda (1904-1973)